História

O território onde está situado atualmente o Município de Lavras do Sul, na época do início do povoamento do Rio Grande do Sul (por volta de 1626), estava habitado pelos índios Guenoas. Há registros de que, em 1674, o Padre Francisco Garcia estabeleceu uma redução, chamada Jesus Maria dos Guenoas.

Em 1750, o território de Lavras do Sul – e pode se dizer que pertenceu ao esquema das missões jesuíticas – estava incorporado aos domínios de Portugal, graças ao Tratado de Madrid. Havia uma fronteira divisória natural entre Portugal e Espanha, através do Arroio Taquarembó e do Rio Santa Maria. Já o Tratado de Santo Idelfonso, em 1777, dividiu Lavras do Sul em duas metades.

Já existiam, segundo alguns relatos, trabalhos de mineração realizados por portugueses, espanhóis e índios convertidos, ocorridos, por volta do século XVIII.

Por detalhes, a sede de Lavras do Sul, segundo referências, poderia se localizar no Segundo Distrito, através do Povoado de Santo Antônio, às margens de arroio do mesmo nome, com o estabelecimento de casais de índios.

Em 1824, o Rio Grande do Sul recebia a denominação de Província de São Pedro e Lavras do Sul pertencia ao território de Rio Pardo; mais tarde, fazia parte do território de Cachoeira do Sul. Documentos mostram, quando a Revolução Farroupilha iniciou, em 1835, Lavras do Sul era o Quarto Distrito da então denominada Nossa Senhora da Assunção de Caçapava (hoje Caçapava do Sul).

A primeira capela foi construída em 1846, com o nome de Santo Antônio das Lavras, onde atualmente se situa o pátio de uma residência na esquina das ruas Santo Antônio e Dr. Pires Porto.

Pelo ano de 1849, surgiram as primeiras residências de alvenaria; as mesmas não obedeciam um traçado urbano regular. Um dos primeiros estabelecimentos comerciais, inaugurado pelo português Antônio Fernandes Lobo, na esquina entre as ruas Dr. Pires Porto e Maria Barcelos, prédio da antiga Padaria Três Estrelas, atualmente Mercado Reinstein. Há construções pioneiras também na Rua Dr. João Bulcão esquina Rua Santo Antônio e nas proximidades da Praça das Bandeiras.

Em 1850, a Freguesia de Lavras do Sul passou a ter governo próprio (Intendente, Delegado e Juiz de Paz). E, através da Lei Nº 1364, de 9 de maio de 1882, uma terça-feira, a então Freguesia é elevada à Vila de Santo Antônio das Lavras, com parte das terras antes pertencidas a Bagé e Caçapava do Sul. Transformou em cidade no ano de 1938 (56 anos na condição de Vila) e em 29 de dezembro de 1944, recebeu o nome oficial de Lavras do Sul. Dentre os atuais 497 municípios gaúchos, Lavras do Sul foi o 54° a ser fundado, o que significa que é um município de vasta História no Rio Grande do Sul.

Lavras do Sul possui o cognome de “Terra do Ouro”, consagrado oficialmente pela Assembleia Legislativa em 2019, através do Deputado Estadual Luiz Marenco. O motivo é a sua formação através da mineração de jazidas de ouro em seu subsolo, sendo assim a única cidade do Rio Grande do Sul que nasceu através da exploração mineral e, especialmente, do ouro.

Por conta da exploração aurífera e também da existência de um vasta unidade da Brigada Militar, entre os anos 1930 e 1960, a população chegou a ser entre 13 e 15 mil habitantes. Em 2019, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a estimativa é de 7.408 habitantes.

Mesmo com a queda nos números populacionais (sobretudo a partir dos anos 1990, onde ocorreram migrações de lavrenses para outros municípios, devido à falta de empregos) e também alguns problemas moderados, que são pertencentes a qualquer comunidade, Lavras do Sul é uma cidade diferenciada e que com bons atrativos.

Desde 2005 (com o advento do Orkut) e, a partir de 2011, com a “explosão” de usuários no Facebook e Twitter, a tecnologia marca a vida dos lavrenses, pela Internet, pelos smartphones e pelas redes sociais. Com as novas formas de comunicação, há um maior acesso à informação e comunicação, entre os internautas, do que acontece no município. As rádios FM, em especial a Pepita, que surgiu em 1987, também contribuem para informar e entreter os munícipes.

Atualmente, por conta da pandemia do Covid-19 (Coronavírus), há um clima de incertezas na cidade, como em todo o mundo. No entanto, seguindo as prevenções básicas e com pensamento positivo e união, tudo será superado. Estamos torcendo para que os impactos sejam os mínimos possíveis e que, após à quarentena, tudo termine bem.

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