Tradicionalismo e Símbolos

Prato típico de restaurante lavrense (Frango à Majestik, do Telúrica Bar) – 2024

Tradicionalismo

Com mais de 20 piquetes tradicionalistas (PTG’s), o CTG Marco das Águas, o CTG Querência das Lavras e o desativado CTG Lanceiros do Batovi, temos uma história importante no tradicionalismo, com o cultivo das tradições gaúchas (andar a cavalo, vestimenta típica, comidas campeiras e outros costumes).

Lavras do Sul é, provavelmente, o único município do Rio Grande do Sul com duas Semanas Farroupilhas em seu território: a do Ibaré (que, em 2024, chega à sua 24ª edição, na Quadra de Esportes) e a de Lavras do Sul (Sede), na Praça das Bandeiras e na Associação José Benito Chiappett (Rodeio Farroupilha). Outras atividades (em diversas entidades e escolas) realizam eventos paralelos e próprias programações. O Desfile Tradicionalista, realizado a 20 de setembro, geralmente às 15h, no centro de Lavras do Sul, é outra tradição lavrense da data.

Também temos vários cantores e compositores tradicionalistas. Mesmo alguns não terem nascido em Lavras do Sul, adquiriram forte vínculo com o município e o representam. Exemplos:

Chico Teixeira: cantor tradicionalista, com um grande número de acessos e seguidores nas redes sociais, já conquistou prêmios de festivais nativistas, em municípios como Osório, em 2024; Também merece menção o compositor Igor Mastroiano, no qual tem parceria;

Gujo Teixeira: um dos grandes compositores e poetas nativistas do RS. Foi criado no interior de Lavras do Sul e é veterinário. Já conquistou diversos prêmios, escreveu mais de dez livros e suas poesias estão contidas em vários álbuns, de artistas de dentro e fora do estado (ex: Michel Teló);

Marcello Caminha: até os sete anos de idade, morou no Segundo Distrito de Lavras do Sul e depois foi para Bagé. Um dos maiores violonistas do RS;

Mauro Ferreira: compositor tradicionalista, bastante conhecido no cenário nativista gaúcho. Teve parceria com Luiz Carlos Borges (In Memoriam). Não nasceu em Lavras do Sul, mas se estabeleceu no município como pecuarista;

Outros compositores e poetas nativistas lavrenses que merecem citação: Edilberto Teixeira (In Memoriam), Murilo Teixeira, Roger Prestes, Daniel Simões, Chico Lopes e Matheus Machado.

Costumes

Lavras do Sul apresenta costumes próprios, alguns deles semelhantes aos países fronteiriços com o Rio Grande do Sul (Argentina e Uruguai). Lavras do Sul fica a 140 km aproximadamente da fronteira com o Uruguai, dentro da Faixa de Fronteira. Como o território de Lavras do Sul esteve cortado e na linha divisória dos conflitos de formação do território gaúcho do século XVIII, ocorreu desde então uma forte influência das terras pertencentes à Espanha. Por conta disso, no vocabulário, as expressões gracias (obrigado) e buenas (olá, tudo bem?) são usadas por muitos munícipes lavrenses, outra influência dos países de cultura hispânica.

É muito comum em Lavras do Sul o fechamento dos estabelecimentos comerciais entre 12h e 14h, para almoço e o descanso rápido (séstia), embora, nos últimos anos, já são mais lojas abertas nesse período.

Chama a atenção, de muitos visitantes, a quantidade de eventos realizados em Lavras do Sul ao longo do ano. O fato de querer ter algo a fazer para movimentação da comunidade e criação de atividades faz com que sejam promovidos eventos dos mais diversos tipos e dimensões, em praticamente em todas as semanas do ano. Inclusive, há relatos de residente de municípios de médio porte que dizem que suas cidades não tem tantas atividades como em Lavras do Sul.